05/07/2018
Planejar as férias é bem legal: é um tal de fazer lista de roupas para levar e museus para visitar, a antecipação de poder relaxar e a certeza da diversão. Bem menos agradável é pensar em tudo o que pode dar horrivelmente errado.
Aquele voo para Londres pode atrasar, forçando-o a pernoitar em Boston; sua bagagem pode ir parar em Hong Kong enquanto você está a caminho de Tóquio; ao mergulhar com snorkel no litoral de Kauai, pode acabar trincando o tornozelo em uma rocha vulcânica.
O seguro de viagem existe para todas essas situações e muitas mais, mas não é necessariamente uma despesa obrigatória. Antes de decidir o que é e o que não é adequado para a sua viagem, é preciso levar em consideração vários fatores, desde o seu destino até a cobertura que talvez já tenha.
Escolha o seguro certo
"Tipicamente, o seguro de viagem é um pagamento único que pode ser feito até 24 horas antes do embarque, mas que se apresenta de várias formas", define Matthew Barr, agente que trabalha no setor há mais de dez anos. Os dois tipos mais comuns são o da cobertura médica no exterior e de cancelamento da viagem, mas é possível encontrar os que cobrem perda de bagagem, sequestro e praticamente qualquer coisa que possa dar errado enquanto você viaja.
É claro que essas opções de nicho raramente são exigidas e não valem a pena na grande maioria das vezes. "Tem gente que compra de tudo, e se você se sente mais seguro se tiver um plano contra 'acidentes de voo', absolutamente, por favor compre o seu. A grande preocupação, entretanto, ao viajar para fora do país, deveria ser o que acontece quando tiver que usar o seguro-saúde", diz Barr.
A maioria dos pacotes padrão cobre a assistência médica emergencial, cancelamentos e atrasos. Algumas cláusulas incluem um extra aqui ali, como a cobertura da bagagem perdida. E mesmo que você nem pense em se ferir ou adoecer lá fora, é sempre bom cogitar a questão do cancelamento, principalmente se planejou um roteiro longo e caro. Os prêmios geralmente variam de 5-10 por cento do custo da viagem, ou seja, a cobertura daquela aventura de US$3 mil nas ilhas do Havaí deve ficar entre US$150 e US$300, o que é um preço relativamente baixo para se proteger de quaisquer conflitos de horários decorrentes de emergências. "A maioria dos planos dura a viagem toda ou até trinta dias, o que vier primeiro", diz Barr.
"Uma apólice que cubra cancelamentos não emergenciais é sempre mais cara, geralmente a diferença fica entre vinte e 50 por cento a mais", ensina Beth Godlin, presidente da companhia de seguros de viagem Aon Affinity Travel Practice. Além dos planos para uma única viagem, a maioria das companhias aéreas também oferece planos anuais para os viajantes frequentes que, segundo Barr, custam entre US$30 e US$90/ano.
Talvez você já tenha cobertura
Alguns planos de saúde podem cobri-lo enquanto estiver no exterior; se for esse o caso, você não precisa se preocupar em comprar mais nada. Dito isso, a cobertura varia dependendo do plano que tiver; verifique a descrição dos benefícios, geralmente à disposição na internet. Do contrário, pode ligar direto para a seguradora e perguntar. Tem apólices que só cobrem doenças específicas, outras não cobrem nenhuma. "Veja se seu plano de saúde básico cobre viagens internacionais; se não, é ele que você deve adquirir", diz Barr.
Até as seguradoras mais abrangentes excluem as doenças pré-existentes; algumas oferecem isenção para os viajantes que adquirirem o plano na "data do depósito da viagem" ou às vésperas dela, ou seja, no dia em que você reservou e/ou adquiriu itens e fez despesas para a viagem, como um voo, passeio ou hotel.